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15/03/2011 "Vivamos pela fe"

15/03/2011 "Vivamos pela fe"

Um repasse e um avanço

Agora já vimos o caso dessas quatro pessoas do Antigo Testamento que tiveram um enfrentamento direto com Satanás. A esta altura do estudo, seria uma boa idéia repassar as verdades chaves que aprendemos. O quadro da página seguinte pode lhe resultar de ajuda.

 

Estrategia

de satanas

 

Exemplos de Personagens biblicos

Passagens biblicas

Seu proposito

Sua arma

Seu Objetivo

Nossa defesa

Enganador

 

Destruidor

 

Ditador

 

 

Acusador

 

Eva

 

 

Davi

 

 

Josué

Gn 3

 

Jó inteiro

 

1Cronica 21

 

Zacarias 3

ignore a vontade de Deus

 

seja impaciente a vontade de Deus

 

fazer  independente de Deus

 

provocar condenação diante de Deus

Mentira

 

Sofrimento

 

Orgulho

 

 

acusação

Mente

 

Corpo

 

sua vontade

 

 

 

coraçao conciencia

A Palavra Deus

 

 

Crer Graça Deus

 

Espirito de Deus que mora em voce

 

Jesus seu unico intercessor

 

Nos capítulos seguintes, falarei de outras verdades acerca de Satanás que têm a ver com diversas áreas da vida: o lar, a igreja, viver por fé, etc. Esses capítulos se apóiam no material que já estudamos. Seu propósito é  de relacionar essas verdades de uma forma prática com a vida cotidiana e o ministério dos crentes.

 

Capítulo Cinco                VIVAMOS PELA FÉ EM  DEUS

 

Todas as pessoas deste mundo vivem por fé. A diferença entre os cristãos e os não convertidos não firma-se na ação da fé, a não ser em seu objeto. A pessoa que não é salva confia em si mesmo e em outras pessoas; o cristão confia em Deus. O segredo da vitória e do ministério é a fé em Deus. Se você guarda alguma dúvida de que Deus honra a fé que temos nele, leia Hebreus 11.   De fato, um dos maiores problemas que Deus tem com seus filhos é o desenvolvimento de sua fé. Satanás sabe disto, motivo pelo qual ataca a fé dos crentes. As palavras de Paulo aos jovens cristãos de Tessalónica ilustram bem este ponto:-  1 Ts. 3:1-2, 5-7, 10

 

Segundo Romanos 1:17, supõe-se que o cristão deve viver "pela fé". Quando lemos a vida de Abraão, em Gênesis 12-25, vemos que tudo o que Deus fez era destinado a aperfeiçoar a fé de Abraão. trata-se de um princípio espiritual.                   Seja-vos feito segundo a vossa fé.  - Mt. 9:29

 

Cada vez que Deus age através de sua vida, o faz como resposta à fé. Aquilo que obstaculiza a obra de Deus não é sua falta de poder, e sim a falta de fé entre os seus filhos.

e não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles. -  Mt. 13:58

E admirou-se da incredulidade deles. - Mc. 6:6

 

Isto suscita a importante pergunta: "Como pode saber o crente que está vivendo por fé?" É tremendamente fácil que nossos próprios sentimentos nos enganem ou que nos motivem as circunstâncias que nos rodeiam.

Há alguma prova que possa aplicar o cristão a suas decisões e ações para determinar se caminha ou não por fé? Sim, há quatro provas práticas.

 

Prova 1: "Estou fazendo isto para a glória de Deus ou só para me agradar?"

contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus. - Rm. 4:20

 

Abraão e Sara tinham superado com acréscimo a idade de ter filhos, e entretanto Deus lhes prometeu um.    Acredito que era G. B. Meyer o que estava acostumado a dizer: "Nunca confiamos de verdade em Deus até que creiamos que é capaz de fazer o impossível". É evidente que o fato de que Abraão engendrasse um filho, e que Sara desse a luz, seria impossível de não contar com Deus.

. . . porque para Deus nada será impossível. - Lc. 1:37

Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível. - Mt. 19:26

 

Não foi a fé que Abraão punha na fé o que provocou o milagre, a não ser a fé em Deus. A filosofia superficial do mundo, a que diz: "Tenha fé, e tudo se arrumará", é tão absurdo como ineficaz. Fé no que? Não deve ser fé na fé! Abraão e Sara confiavam em Deus, e Deus levou a cabo o que havia prometido. Dado que conhecia Deus:  Abraão estava plenamente convencido de que [Deus] era também poderoso para fazer tudo o que tinha prometido. - Rm. 4:21

 

Mas é importante que nos demos conta dos motivos que tinha Abraão em todo este assunto: deu-lhe a glória a Deus.    A fé sempre lhe dá a glória a Deus, porque confessa que o homem é incapaz de conseguir alguma coisa, e que só Deus pode fazê-lo. Os corpos de Abraão e Sara estavam inutilizados para ter filhos, fisicamente, quando confiaram em Deus para que agisse, e foi essa atitude  que lhe deu a glória a Deus.     De modo que, cada vez que esteja a ponto de tomar uma decisão ou dar um passo em sua vida ou ministério cristão, pergunte:  "Estou o fazendo unicamente para a glória de Deus?" Se sentir em seu coração alguma sinal de que está acrescentando a sua motivação o desejo de glória própria, pare imediatamente e espere a direção do Senhor. A verdadeira fé está motivada unicamente pelo desejo de glorificar a Deus.

 

Prova 2: "Estou correndo com muito ímpeto, ou sou capaz de esperar?"   Já aprendemos que a fé e a paciência são coisas que vão sempre juntas.

Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido. - Rm. 10: 11

 

A citação é de Isaías 28:16:   Eis que ponho em Sião como alicerce uma pedra, uma pedra provada, pedra preciosa de esquina, de firme fundamento; aquele que crer não se apressará.

 

O cristão que espera o guia divino, que espera  que Deus age, não se sentirá decepcionado nem se apressará. A verdadeira fé não tem pressa até que Deus abre um caminho. Se você se sente  impaciente, com vontades de correr, cuidado! Corre o perigo de atuar apoiando-se em uma incredulidade carnal em lugar de na autêntica fé espiritual.  E tudo o que não provém de fé, é pecado.  Rm. 14:23

 

Prova 3: "Posso defender o que for fazer me apoiando na Palavra de Deus?" A fé autêntica sempre se fundamenta na Palavra de Deus: a Bíblia.  Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo. - Rm. 10:17      Dá no mesmo o razoável que pareça um ato: se contradiser a Palavra de Deus, não podemos fazê-lo por fé. A Bíblia oferece-nos preceitos que obedecer, promessas que reclamar e princípios que seguir; mas, se violarmos qualquer destas coisas, atuamos por incredulidade, não por fé. Pode que nossos amigos nos animem, e é possível que as circunstâncias pareçam nos ser favoráveis (Jonás encontrou um navio disposto a lhe levar longe!). Mas se desobedecermos a Palavra de Deus, não atuamos por fé. Isto quer dizer que Deus não nos pode abençoar ou nos usar para levar glória a seu nome.

 

Prova 4: "Quando considero o que vou fazer, sinto gozo e paz em meu interior?"

Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz na vossa fé, para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo. - Rm. 15: 13

 

Onde achemos a verdadeira fé, é que o Espírito Santo está agindo; e onde o Espírito age, produz seu fruto: a esperança, o gozo e a paz. Ter a paz de Deus em seu coração é uma evidência de que está cumprindo sua vontade. Se supõe que a paz de Cristo deve "governar em nossos corações" (Cl. 3:15), e esse termo de "governar" significa, literalmente: "ter o poder absoluto". Quando perdemos a paz de Deus em nosso interior, podemos estar seguros de que, em algum momento, apartamos de sua vontade.

É nesta área que o cristão deve aprender a distinguir entre suas próprias emoções humanas e a obra de Deus em sua vida, que é mais profunda. Deus nunca nega nossas emoções; certamente, pode as usar para cumprir seus propósitos.

Mas com freqüência, quando avançamos sozinho por fé, sentimos temores e ansiedades humanas; mas, se caminharmos de verdade por fé, ao final esses temores serão superados por um gozo e uma paz mais profunda. Esta é a obra do Espírito de Deus como resposta a nossa fé na Palavra de Deus.

 

Uma ilustração do Antigo Testamento - Gênesis 16. É uma história muito conhecida. Deus tinha prometido um filho a Abraão e a Sara, mas o filho não chegava. À medida que esperava, Sara se impacientou, de maneira que decidiu "ajudar a Deus" fazendo que seu marido se "casasse" com sua serva, Agar. Foi uma decisão perfeitamente legal, mas não foi um passo de fé. Abraão aceitou o plano, e como resultado chegaram os problemas.

Agora, apliquemos nossas "quatro provas de fé"  às ações de Abraão e Sara. 

 

Primeira prova =  A fé glorifica a Deus 

Casou-se Abraão com Agar para glorificar a Deus?

Não, casou-se com ela para agradar a sua esposa e tentar "ajudar a Deus" a cumprir suas promessas.

 

Segunda prova = a fé e a paciencia andam juntas

Abraão e Sara, estavam dispostos a esperar? É obvio que não! Esse era o verdadeiro problema: quiseram correr mais que Deus, e converteram seu lar em um caos.

 

Terceira prova = a fé apoia na Palavra de Deus

Podiam respaldar sua decisão mediante a Palavra revelada de Deus? Não, não podiam. Quando lemos a vida de Abraão, descobrimos que Deus lhe abençoou e lhe utilizou cada vez que confiou na palavra divina; mas Deus teve que lhe castigar todas as vezes que lhe quis adiantar. Não lemos "E veio palavra de Deus a Abraão, dizendo: Toma a serva de sua mulher, e por meio dela te concederei um filho". Suas ações não estiveram apoiadas na palavra divina.

 

Quarta prova = sentimento de paz e gozo 

Por último, sentiram alegria e paz graças a sua decisão? Não, o que veio foi tristeza e conflitos! Agar enfrentava a Sara, Sara jogava a culpa em Abraão e este raciocinava com Sara ... até que Deus teve que intervir e arrumar as coisas.  A nação judia segue padecendo até hoje o engano de Abraão!

Por conseguinte, aqui temos uma situação prática, dentro de um lar, que ilustra a importância que tem andar por fé. Passemos agora a considerar

 

 Uma ilustração do Novo Testamento - Atos 27. Uma vez mais, esta história nos resulta familiar. O governo romano tinha detido a Paulo, levando-o a Roma para ser julgado.  Ele estava em um navio junto com outras 275 pessoas, navio que ao final atracou a Bons Portos. Neste momento, Paulo (movido pelo Espírito de Deus) advertiu-lhes que não zarpassem do porto porque isso lhes ocorreria perigo e destruição. O centurião no comando, chamado Julio, tinha que tomar uma decisão:

"Ficamos em Bons Portos, ou zarpamos?" Depois de considerar todos os fatores em jogo, Julio decidiu zarpar, e o resultado foi o que Paulo havia predito: o navio naufragou, e só foi pela graça de Deus que se salvaram as vistas de todos os passageiros.

 

Apliquemos "as quatro provas da fé" à decisão que tomou Julio.

Tentava glorificar a Deus? Não, absolutamente; de fato, é muito provável que nem sequer fora crente, nem lhe interessava a glória de Deus. Quando lemos o capítulo, dá-nos a sensação de que o que interessava a Julio era acabar sua missão e levar os seus prisioneiros a Roma sãos e salvos, e o mais rápido possível.

Estava disposto a esperar? Não. Estava preocupado porque tinha passado já "o jejum" (At. 27:9), e chegaria tarde a Roma.

Apoiou sua decisão na Palavra de Deus? Não, rechaçou essa palavra, dada através de Paulo. Em troca, confiou nas palavras de outros.

 

Mas o centurião dava mais crédito ao piloto e ao dono do navio do que às coisas que Paulo dizia.  E não sendo o porto muito próprio para invernar, os mais deles foram de parecer que daí se fizessem ao mar para ver se de algum modo podiam chegar a Fênice, um porto de Creta que olha para o nordeste e para o sueste, para ali invernar. - At. 27:11-12  Julio atendeu aos "peritos" (o piloto e o capitão), tomou uma decisão e se uniu à maioria. Então se levantou "uma brisa do sul" (At. 27:13), o qual fez que as condições para navegar fossem perfeitas! Zarparam, mas logo se viram imersos em uma tormenta, e a predição de Paulo se cumpriu.

Houve gozo e paz porque Julio atuou como o fez? Não, levantou-se um vento violento que durou duas semanas, fez naufragar o navio e destruiu por completo sua carga. A brisa do sul se converteu em um vento de tormenta, e a palavra de Deus resultou ser certa.

 

Satanás e as "quatro provas da fé". Provavelmente terá dado conta de que as "quatro provas da fé" são paralelas às experiências das quatro pessoas cujos enfrentamentos com Satanás já estudamos.

Davi não atuou por fé quando recenseou ao povo, porque o fez para sua própria glória e não para a de Deus. O orgulho é um inimigo da fé.

foi tentado a sentir-se impaciente com Deus. A vontade disposta a esperar no Senhor é uma evidência da fé verdadeira. A impaciência denota incredulidade.

Eva desobedeceu a palavra divina quando comeu da árvore: a fé verdadeira sempre se apóia na Palavra de Deus.

Josué não desfrutava de gozo e paz em seu coração, porque padecia das acusações de Satanás. A verdadeira fé traz gozo e paz por meio do Espírito Santo.

Isto quer dizer que você e eu devemos ser capazes de utilizar as defesas que Deus nos proporcionou. De outro modo, Satanás debilitará e obstaculizará nossa fé e nos tentará a deixar de confiar em Deus. Se procurarmos a glória de Deus, se esperarmos nele com paciência, se seguirmos sua Palavra, e se desfrutamos em nosso interior o gozo e a paz, então podemos estar seguros de viver por fé, e de derrotar a Satanás.

 Pastora Marcia